O que a alma sente

"Liguei para saber como você está". Mentira. Ligou por uma vaidade ou por uma carência. Talvez ligou para saber se ainda faz falta, mesmo depois de tantos meses. E olha que ironia, nessa onda de mensagens instantâneas, você fez uma ligação. Porque sabe, que a pessoa que conheceu, acharia isso um máximo, ainda mais num sábado à noite. Mas se tem uma coisa que aprendi, e com você mesmo, é que não é nada bom alimentar expectativas. Afinal, elas morrem. 
Você foi a pessoa que eu não tive, mesmo estando perto. A grande paixão que nunca vivi, mesmo já tendo ficado. Os olhos fechados sussurrando seu nome foram minha esperança e minha desgraça. Então, não tem porque insistir. Essa foi outra lição, não desistir de mim para insistir em alguém. Cansei do que é efêmero. Se eu quero algo que dure? Não. Só quero enquanto faz bem. Não preciso de muito para ser feliz, entretanto isso não signifique que eu me contente com pouco. 
Minha alma está sim aberta, mas deixar você entrar é aceitar que piore a bagunça. Os valores humanos andam extremamente escassos, eu sei. Porém, carrego em mim uma certeza, quero o verdadeiro. A entrega, a intensidade. Minha alma precisa saber o que sente. Minha razão tem que ser capaz de encarar o espelho e sentir paz. Você não foi capaz disso. Acontece. Mas os machucados apenas cicatrizam quando decidimos nunca mais tocar os descasos que tanto nos feriram. Romances? São lindos, nos filmes e novelas que vejo. E nas páginas dos livros que leio. Na vida, quero amores que preencham a vida. Chega de relações egoístas que vagam por esse mundo e, infelizmente, se disfarçam de falsos carinhos e de ligações inesperadas. Portanto, "vamos fazer alguma coisa, qualquer dia desses? Não, obrigado!" 

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