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Mostrando postagens de agosto, 2016

Depois do fim

Depois de tanto tempo e outras coisas, continuou sendo minha grande mágoa amorosa. Veja bem, meu bem, eu te esqueci. Mas todos nós, sim todos nós, temos uma grande mágoa que persiste em se instalar num canto vago do peito. Você é a minha mágoa que até machuca às vezes, mesmo que eu não sinta mais nada. É uma pena, pois você não vale a pena, é aquela história sem início, meio e fim definidos. É aquela história qualquer que vivi uns dias desses.  Qualquer dia até passo em frente à sua casa e resolvo tocar a campainha, quem sabe te dou aquele abraço que eu não quis dar quando você quis acabar tudo numa boa. Sim, para mim não estava tudo bem. Tinha me apegado a você como a um trevo de quatro folhas e de repente, fiquei sem minha sorte. Lembro que depois de uns meses, perguntei aos nossos amigos em comum, se você tinha seguido em frente. E sem pretensão de saber se sentia minha falta, eu só queria saber se estava bem, se não tinha desistido da faculdade, se ainda sofria quando o Flamengo

Eu amei te ver

A gente se reencontrou e pude ver que você ainda é o mesmo. O coração até disparou quando você caminhou e parou ao meu lado. Claro que deu vontade de elogiar seu cabelo, perguntar se gostou do livro que estava lendo e até dizer que você é o ser mais bonito que tive a sorte de conhecer. Você até sorriu e brincou comigo, daquele jeito de sempre. O seu perfume até invadiu, porém os sentimentos continuaram adormecidos. É bom saber que você está bem, mesmo distante. Aliás, quero que continue distante. Percebi que meu riso não combina com o teu e que tua malícia não satisfaz a minha. Tropecei na saudade, mas a deixei para trás. Teus olhos até tentaram focar nos meus, entretanto desviei o olhar. E nem foi por mal, foi automático e ponto. Do seu lado não é seguro, aprendi dizer não, resisto e não corro mais risco. Não tem mais intimidade nas nossas falas, nos toques, nada nos resta. Apenas somos meros conhecidos e com amigos em comum.  Não quero mais que me abrace com força, que se aloje

Faz parte

Sim, assumo que sou esquisitamente carente, mas isso faz parte da minha essência. Sou do tipo que se entrega, se doa e que só quer alguém para abraçar. Queria uma mão para segurar como se ela fosse o bem mais precioso e fosse capaz de me proteger caso o mundo acabasse. Aquele olhar no primeiro encontro, vendo o céu refletido nele, enquanto todo mundo grita e anda correndo para todos os lados na cidade. Mas é só uma ilusão. Sou uma ilha de esperança, mas rodeada de frustrações. Vai ver que meus sentimentos são mesmo tortos, errados, atrasados ou incompletos. Mas ainda assim são meus. Vivo com cicatrizes que viram arranhão e secam até que sejam pele nova outra vez.  Ainda sou o tipo de pessoa que ouve música e chora. Cara, eu choro! Sabe o quão raro isso é? As lágrimas escorrem dos meus olhos, enquanto penso que o problema não sou eu. Ou melhor, que sou eu. Que ainda quero alguém para cuidar, para amar, para estar juntos nesse mundo tão individual. No meio de sete bilhões de pessoas,